segunda-feira, 30 de junho de 2008
Hoje não quero escrever nada. Hoje quero ouvir o barulho da escova nos dentes, colocar uma roupa confortável e dormir. Quero não formular, não concretizar, não dizer as barbaridades que eu estou acostumada a dizer, não me esforçar para formulações finais. Quero deitar, e dormir, sem abstrações. Quero que o dia chegue ao seu fim com uma ignorante suavidade, que ele flua por entre as minhas veias, que a vida se evidencie como ela é, e que tudo seja aceito, que o dia seja aceito e que a finitude deste dia venha como uma promessa cumprida. E que eu não escreva, nem se valer a pena, nem se for uma grande idéia, nem se for inevitável, apenas uma linha sobre ele. Quero que o dia acabe, e que comece outro. Sem uma palavra. Sem um pio. Que a meia-noite venha no mais profundo silêncio. E que o tempo passe no vácuo. Pelo menos até amanhã. Hoje, só amanhã.
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8 comentários:
-´sá Mariá, por onde...será que em dia se mostrará?
(fico imaginando se ela avôa, se brinca de sorrir, ou se anda perdia por plantações de pequenas "mudas".)
"Hoje, só amanhã." (-não sei)
pelas dúvidas, fico só pelo hoje.
inté a próxima
Perfeito. Queria meu dia assim, hoje.
Um abraço do Brasil pra você, da Jérsica
suas últimas postagens tem me causado uma sensação. não sei ainda a palavra mais adequada. assim que souber lhe informo.
Olhos de gato, moça. O quanto a rudeza das coisas-pessoas te incomoda?
Grande abraço e muita arte!
Ahh, tem dias em que é isso aí mesmo!
gostei.
Tem dias que meus dias são assim.
Tem dias que a gente só que viver a aquela rotina a que fomos acostumados desde que nos lembramos e só pensar no dia seguinte. Beijos!
um misto de (me encontrar) com (conforto) e um cadinho de (tristeza). fez sentido pra você? pra mim não muito...
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